Sejam Bem Vindos!

Meus Queridos...

"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos".

Fernando Pessoa

domingo, 30 de setembro de 2012

Uma letra muito valorizada

A letra abaixo expressa uma característica da música brasileira muito combatida pelo Estado Novo através do DIP, em que a figura do malandro é valorizada, contrariando o governo de formar bons cidadãos:

Lenço no Pescoço

(Wílson Batista)

Meu chapéu do lado
Tamanco arrastando
Lenço no pescoço
Navalha no bolso
Eu passo gingando
Provoco e desafio
Eu tenho orgulho
Em ser tão vadio

Sei que eles falam
Deste meu proceder
Eu vejo quem trabalha
Andar no miserê
Eu sou vadio
Porque tive inclinação
Eu me lembro, era criança
Tirava samba-canção
Comigo não
Eu quero ver quem tem razão

E eles tocam
E você canta
E eu não dou

 

O "bendito" Golpe de 1964.

Em 31 de março, o general Olímpio Mourão Filho, iniciou o deslocamento de tropas para o Estado da Guanabara. Em outras regiões do país seguiram-se movimentações de destacamentos militares contra o governo. Havia receio, por parte dos Estados Unidos, de que o golpe falhasse ou que as forças que apoiavam Goulart - inclusive militares - ensaiassem algum tipo de resistência. Nada disso, porém, aconteceu. Jango voou de Brasília para Porto Alegre. De lá percebeu que a resistência agiria até o derramamento de sangue e optou pelo exílio no Uruguai. 
 

Vargas volta ao poder: novos debates.

O segundo goveno de Vargas, debatia sobre a politica do governo. Em que havia de um lado os nacionalistas e do outro os liberais:

Nacionalistas:

  • Líder: Getúlio Vargas
  • O Estado deveria intervir na aréa economica.
  • A entrada do capital estrangeiro deveria ser controlada 
  • O governo deveria manter uma distância ou oposição aos Estados Unidos.  

Liberais:

  • Líder: Carlos Lacerda
  • A economia deveria prosseguir sem a intervenção do Estado.
  • O capital estrangeiro era uma condição para o progresso no Brasil.
  • O governo deveria aliar-se aos Estados Unidos como nunca.

sábado, 29 de setembro de 2012

Marcha contra reformas de João Goulart

A Marcha da Família com Deus pela Liberdade foi realizada em São Paulo e contou com a liderança de empresários, proprietários rurais e a Igreja Católica, com apoio de oficiais das Forças Armadas. Rapidamente a UDN, unindo-se ao PSD e contando com a gradativa adesão de militares deu a resposta.
 O grito dos manifestantes: “Verde amarelo sem foice nem martelo; Deputados patriotas, o povo está com vocês; Brizola: playboy de Copacabana; Reformas só dentro da Constituição; Basta de palhaçada, queremos Governo honesto; Queremos governo cristão; A melhor reforma é o respeito à lei; Senhora Aparecida iluminai os reacionários ".


segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Cartada definitiva do governo populista

No dia 13 de março de 1964, Jango realizou o famoso comício da Central do Brasil onde o presidente anunciou as primeiras ações concretas das reformas de base. Jango prometeu ainda tabelar os aluguéis e promulgar uma nova Constituição. Era a cartada definitiva do regime populista.
 

Faltam poucos dias para o golpe

Surge  uma série de movimentos empenhados em frear o avanço das reivindicações populares e destituir Jango da presidência. 
Nos primeiros meses de 1964, Jango regulamenta a Lei de Remessas de Lucros ao exterior e propôs a formação de uma frente política que congregasse desde o PSD até o PCB capaz de implementar as reformas e a revisão constitucional.


Jango é visto como um presidente "fraco"

Em 1963,Jango sancionou a lei do Estatuto do Trabalhador Rural estendendo aos trabalhadores do campo os mesmos direitos do operariado urbano. A grande imprensa fazia forte oposição ao governo de Jango valorizando a quantidade de greves realizadas nos últimos tempos, chamando de “baderna” a movimentação estudantil da UNE (União Nacional dos Estudantes). Jornais como O Estado de São Paulo e O Globo eram implacáveis. Os analistas norte-americanos viam João Goulart como um presidente fraco, incapaz de enfrentar a instabilidade econômica e política gerada com a organização e o avanço dos comunistas. No mês de outubro, o presidente enviou ao Congresso um anteprojeto de reforma constitucional que possibilitaria o início das discussões acerca das reformas de base. A UDN e o PSD posicionaram-se contra as reformas. 
 
 

As chamadas Reformas de base

Jango acreditava que só através das chamadas reformas de base é que a economia voltaria a crescer e diminuiria as desigualdades sociais. Estas medidas incluíam as reformas agrária, tributária, administrativa, bancária e educacional. 

  
 Em um grande comício organizado na Central do Brasil, no Rio de Janeiro, Jango anunciou a mais de 300 mil pessoas que daria início as reformas e livraria o país do caos em que estava vivendo.Este comício, entretanto, foi mais um motivo para que a oposição o acusasse de comunista. A partir daí houve uma mobilização social anti Jango.